Queda de cabelo: 7 causas a ter em conta

Perder cabelo não é sempre um problema, afinal, todos os dias sofremos dessa perda natural – especialmente nas alturas mais frias do ano. No entanto, quando a queda de cabelo é significativa é preciso investigar a razão do problema.  

Muitas vezes, a queda de cabelo pode estar relacionada com fatores hereditários ou stress, mas pode, também, ser sinal de outros problemas que necessitam de atenção.   

Tratar toda a queda de fios da mesma forma, sem atuar diretamente na sua causa, é uma medida que pode, na verdade, ser ineficaz.  

Entenda quando a queda de cabelo pode ser sinal de um problema que precisa de tratamento e saiba como pode travar a situação. Saiba ainda quais são os principais tipos de alopecia e quais são os problemas de saúde que têm a queda de cabelo como sinal de alarme.  

Se sofre com a queda de cabelo, saiba mais sobre este tema e entenda como pode evitar que a situação se agrave.  

Entenda a alopecia e saiba quais são os 4 principais tipos  

A alopecia é a queda de cabelo que não é natural e indica a presença de algum problema no organismo. Pode ser de variados tipos e são as suas condições que vão influenciar no diagnóstico e tratamento para travar a perda dos fios.  

Conheça os principais tipos.  

1. Alopecia androgenética  

Esta é a perda de cabelo que tem causa genética, sendo a mais comum – principalmente entre os homens. 

A sua principal característica é a perda de fios que ocorre de forma progressiva, tendo início na zona das entradas. Este tipo de alopecia ocorre pela presença da hormona dihidrotestosterona e da enzima 5-alfa-redutase, grandes responsáveis pelo enfraquecimento e queda dos fios.
 

2. Alopecia difusa

 A alopecia difusa é a queda de cabelo que também é progressiva, mas que não chega a resultar numa calvície total. Afeta homens e mulheres e caracteriza-se pela sensação de escassez de cabelo e fios com aparência sem vida e fraca.  

Causas endócrinas, como alterações da tiroide, podem estar na origem do problema, mas também a alimentação e uso de medicamentos são responsáveis pelo aparecimento de um quadro de alopecia difusa.  

Nas mulheres, a idade pode ser um fator determinante para este tipo de queda de cabelo – especialmente durante e depois da menopausa.
   

3. Alopecia areata  

Este tipo de alopecia pode afetar a todos, até as crianças. Em algumas situações, o problema acontece em decorrência de um evento de especial importância, como uma gravidez, doença ou traumatismo. Também o stress e as alterações ambientais podem influenciar no aparecimento do problema.  

A alopecia areata é caracterizada pela perda acentuada de cabelo em zonas bem definidas do couro cabeludo, podendo também aparecer noutras partes do corpo, como sobrancelhas, pernas e braços.
   

4. Alopecia cicatricial

 A alopecia cicatricial é resultado de um dano, destruição ou má formação dos folículos pilosos.   

A alopecia cicatricial primária ocorre por alterações hereditárias ou no desenvolvimento do folículo piloso, enquanto a alopecia cicatricial primária adquirida é provocada por dermatoses de origem desconhecida ou por causa autoimune.

Há ainda a alopecia cicatricial secundária, que aparece quando existe a destruição do folículo piloso em decorrência de uma infeção, tumores, cicatrizes cirúrgicas, radioterapia. Também as queimaduras podem estar na origem deste tipo de alopecia. 

Queda de cabelo: 7 razões para a queda dos fios  

Idade avançada, predisposição hereditária, género ou stress são, geralmente, causas comuns para a queda de cabelo. Mas há problemas de saúde que têm a queda de cabelo como sintoma e que deve ter em conta.
 

1. Anemia  

A anemia é um dos problemas de saúde que fazem o cabelo cair. Isso acontece porque a deficiência de ferro provoca a queda da concentração de hemoglobina, que é uma proteína encontrada nas células sanguíneas essencial para o transporte de oxigénio.   

Esta desordem nutricional causa cansaço e palidez, além de reduzir a resistência dos fios e, assim, provocar alopecia. 
 

2. Tabagismo  

A queda de cabelo é mais um dos problemas causados pelo consumo do tabaco. Os estudos demonstraram que as substâncias tóxicas presentes no tabaco enfraquecem os fios. Os anos de exposição ao fumo provocam a degeneração de pequenos vasos que abastecem o couro cabeludo e o resultado é a queda de cabelo.  

3. Problemas intestinais e dietas radicais  

Uma dieta muito restritiva pode levar à deficiências nutricionais, resultando na alopecia. Ferro e Zinco, por exemplo, são nutrientes fundamentais para manter a saúde dos cabelos.  

No entanto, de pouco adianta manter uma alimentação equilibrada e saudável se o aparelho digestivo não for capaz de absorver nutrientes fundamentais vindos dos alimentos. É o que acontece no caso das doenças inflamatórias do intestino – como doença de Crohn, que tem a queda de cabelo como um dos sintomas.  

4. Doença renal crónica

Quando os nossos rins perdem a sua capacidade natural de filtrar o sangue podem surgir os mais diversos sintomas, como náuseas, dor de cabeça, retenção de líquidos, cãibras e queda de cabelo.  

Não se sabe ao certo a razão para a alopecia afetar doentes renais crónicos, mas talvez sejam as restrições alimentares necessárias à dieta desses doentes as verdadeiras causadoras do problema. Assim, vale salientar que a queda de cabelo dificilmente será um sintoma inicial da insuficiência renal.
 

5. Fungos  

As micoses não se restringem apenas às unhas e podem mesmo atingir o couro cabeludo, provocando uma descamação e retirando a força dos fios.

A queda de cabelos, nesses casos, fica também acentuada devido à oleosidade causada pela presença de fungo.  

As micoses podem aparecer a qualquer altura, no entanto, pessoas com o sistema imunitário enfraquecido estão mais suscetíveis ao problema.
   

6. Ovário poliquístico

Nas mulheres, taxas altas de testosterona são uma potencial causa da queda de cabelo chamada de alopecia androgenética.   

A hormona masculina é produzida em larga escala pelo organismo feminino quando há formação de quistos nos ovários e esse excesso é responsável pela queda acentuada de cabelo, além de desencadear irregularidades no ciclo menstrual, acne e crescimento de pêlos pelo corpo.   

7. Disfunções da tireoide

A tireoide, uma glândula em forma de borboleta que fica no pescoço, é responsável por ditar o ritmo de todo o organismo. Para os dermatologistas, o seu mau funcionamento é uma das principais razões para as queixas de pacientes com queda de cabelo, onde há falha no crescimento dos fios e na renovação capilar.   

Quando a tireoide produz doses altas das hormonas T3 e T4 existe um quadro de hipertiroidismo. Esta situação é responsável por acelerar a reposição celular na região do couro cabeludo, provocando a queda acentuada de cabelo.   

Quando, em contrário, há falta das hormonas T3 e T4 – quadro chamado hipotiroidismo -, o metabolismo fica mais lento e os fios têm dificuldade no seu desenvolvimento.   

Como tratar a queda de cabelo

Medicação

Dependendo do tipo e da gravidade, as alopecias podem ser tratadas com medicamentos, embora este seja um processo lento e gradual até que sejam atingidos os objetivos de redução do problema.

Normalmente, são necessários entre três a quatro meses para que se notem resultados positivos, que são variáveis.  

Os medicamentos podem ser orais ou de aplicação tópica local.

Técnicas inovadoras

A eficácia destes tratamentos depende do tipo de alopecia e é necessário um correto diagnóstico, caso a caso. 

O laser capilar, por exemplo, não pode ser indicado para qualquer tipo de alopecia – é, aliás, contraindicado em alguns casos. No entanto, desde que seja corretamente orientado por um especialista, os resultados positivos são evidentes.

O Microneedling é bastante eficaz e versátil para várias situações de alopecia. Nos casos em que é indicada, esta terapêutica oferece melhorias excelentes.

Prevenção da queda de cabelo

Para travar a queda de cabelo, é fundamental que saibamos mimar os nossos fios com alguns cuidados diários fáceis de adotar:

• Lavar com champô apropriado para o tipo de cabelo;
• Massajar delicadamente enquanto lava o couro cabeludo;
• Evitar lesões químicas e agressões físicas, como secadores e pranchas;
• Pentear os fios com suavidade;
• Hidratar as pontas.
  
  
  

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Quando há um quadro de alopecia, seja qual for a situação de origem, é fundamental ser acompanhado por um especialista em saúde capilar, como o médico dermatologista.    

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Fontes (consultadas a 14 de agosto):Tua Saúde, Serviço Nacional de Saúde, 11 problemas que fazem o cabelo cair, Veja Saúde, Tipos de Alopécia, Svenson.

É importante ter em conta que esta informação é apenas de caráter geral. Não constitui conselho pessoal ou recomendação para nenhuma pessoa ou empresa sobre nenhum produto ou serviço. Consulte a documentação da apólice para conhecer as condições da cobertura.