Coronavírus: conselhos úteis sobre a pandemia
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Saúde e Bem-estar
Nunca antes se tinha falado tanto sobre a importância do isolamento social até sermos atingidos pela pandemia mundial provocada pelo aparecimento do novo coronavírus, causador da doença conhecida hoje como Covid-19.
Mas qual é, de facto, o impacto do distanciamento da sociedade no controlo de um problema tão grave? Quais os sintomas da infeção e como proceder em caso de suspeita de se estar infetado? Vamos entender o problema.
Coronavírus: entenda a doença que está a parar o mundo
Os sintomas da nova infeção podem variar de organismo para organismo, de acordo com a resposta do sistema imunológico. Ainda assim, é possível listar os sinais mais comuns. A maior parte dos doentes afetados pela Covid-19 apresenta sintomas de infeções respiratórias, isolados ou combinados. São eles:
- Febre, igual ou acima dos 37,5ºC;
- Tosse seca;
- Dificuldade respiratória.
Algumas pessoas podem apresentar dores no corpo, de cabeça ou de garganta, além de prostração. Há ainda relatos de desconforto gástrico, com presença de diarreia. Em casos graves, a doença pode causar uma pneumonia com sinais de insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos. No entanto, a maior parte dos casos sintomáticos revelam-se ligeiros, recuperando sem sequelas.
Diagnóstico
O diagnóstico deste vírus é realizado através da recolha de materiais respiratórios com potencial de aerossolização (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro) e são essas duas amostras que vão ajudar a diagnosticar.
Tratamento para doença Covid-19
O tratamento para a infeção por Covid-19 é orientado para tratar os sintomas, não havendo ainda uma terapia específica para a nova doença. Os antibióticos podem resultar? Não, os antibióticos não são aconselhados no tratamento da doença Covid-19, uma vez que são medicamentos direcionados para o combate a bactérias e não a vírus.
Taxa de mortalidade
Considerada mais grave para os grupos de risco (idosos, pessoas com diabetes e hipertensão, doentes oncológicos e pessoas com doença autoimune), a doença por Covid-19 pode, muitas vezes, significar uma batalha pela vida.
Felizmente, a maior parte dos doentes infetados pelo novo coronavírus irá apresentar sintomas ligeiros, podendo recuperar em casa com as devidas precauções. Por outro lado, casos graves vão necessitar do máximo apoio médico e, infelizmente, existe uma taxa de mortalidade relatada para esta doença – e ela varia de acordo com a região afetada.
Sabe-se que na China, local de origem da doença, a taxa de mortalidade média situou-se nos 2,3%, sendo as crianças as mais poupadas pelo novo vírus. Na Itália, atual epicentro da pandemia e país que já concentra o maior número de mortos pela doença, a taxa é maior, tendo já alcançado 7,7% (dados divulgados pela rede BBC a 16 de março de 2020).
Em comum, os dois países mais afetados pela nova infeção por coronavírus têm o perfil dos casos mais graves: homens idosos e com outras doenças previamente diagnosticadas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), entretanto, já relatou que também há casos conhecidos entre crianças e jovens, alertando que qualquer grupo etário pode desenvolver quadros graves da doença Covid-19.
Coronavírus: será que estou doente?
Saiba o que fazer em caso de suspeita. De acordo com a Direção Geral da Saúde, por estarmos já em fase de transmissão comunitária, se tiver febre, tosse ou falta de ar deve contactar a linha de apoio Saúde24 (808 24 24 24 – Custo de chamada local). Não importa se tem ou não histórico de viagem recente para os locais afetados pelo vírus.
Como travar a pandemia do novo coronavírus?
- Deve adotar a etiqueta respiratória: tossir e espirrar para a curva do cotovelo (ou se possível para um lenço de papel, caso em que deve fechá-lo sobre o seu conteúdo e mandá-lo imediatamente para o lixo e lavar as mãos corretamente).
- Não deve tocar com as mãos nos olhos, boca e nariz.
- Deve lavar regularmente (muitas vezes por dia e desde logo sempre que tocar em superfícies que possam estar ainda por limpar) as mãos com água e sabão, durante pelo menos 20 segundos. Em alternativa, se as não puder lavar corretamente, use uma solução sanitária à base de álcool para desinfetar as mãos.
- Intensifique a limpeza da casa: chão, casas de banho, maçanetas, interruptores e quaisquer outras superfícies de uso comum que estejam potencialmente contaminadas. Na dúvida, mais vale limpar.
- Mantenha os ambientes da casa arejados;
- Não partilhe objetos de uso pessoal, bem como comida e bebida.
- No ambiente de trabalho, tome cuidados redobrados com mesas, teclados, ratos, telefones/tlms e quaisquer objetos de uso comum. Tenha sempre uma solução de álcool em gel à mão e vá limpando ao longo do dia de acordo com a intensidade da sua utilização e sua exposição a outras pessoas.
- Adira, se possível, ao teletrabalho e evite deslocações que não sejam essenciais.
- Pratique o distanciamento social (mantenha uma distância mínima de 2 metros sempre que estiver perto de outras pessoas que não saiba se estão ou não infetadas).
- Em caso de contacto com um caso suspeito ou confirmado, respeite a quarentena e fique em casa. Se surgirem sintomas contacte a linha Saúde24.
- Se estiver doente, ainda que sem diagnóstico, fique em casa. Contacte o serviço nacional de saúde e pratique o seu isolamento social com responsabilidade.
Lembre-se: a DGS apenas aconselha o uso de máscaras a profissionais de saúde e pessoas já com sintomas de Covid19.
Distanciamento social: a única “vacina” que temos
Em todo o mundo escolas e universidades pararam, o home office (teletrabalho) passou a ser prática comum e eventos de todos os tamanhos foram já cancelados ou adiados. Tudo isto com o único propósito de desacelerar a pandemia e minimizar os danos, salvando vidas.
A explicação é simples: menos convívio social significará menos pessoas doentes e, portanto, menos afluxo aos sistemas de saúde, que devem colapsar diante da pandemia, por força da dimensão e gravidade desta pandemia. Ajudando a que haja menos sobrecarga nos serviços nacionais de saúde tentamos, todos juntos, travar a taxa de mortalidade pela doença e ganhar tempo para que a vacina da cura chegue.
Ainda que não tenha sido diagnosticado com a doença e mesmo que não tenha tido contacto com um doente confirmado, deve respeitar as orientações para o distanciamento social.
Lembre-se: pessoas assintomáticas podem passar o vírus adiante a outras sem, sequer, se darem conta.
Covid-19: como posso ajudar?
A resposta é simples: a forma correta de ajudar no combate à doença e no controlo da epidemia pelo novo coronavírus é respeitar as boas práticas de higiene, adotar a etiqueta respiratória e praticar o distanciamento social. Respeite as orientações da DGS.
Para finalizar, sugerimos que se mantenha bem informado. Combata as informações duvidosas e não partilhe fake news. Na dúvida, partilhe com familiares, amigos e colegas os materiais oficiais de divulgação. Recorra sempre às informações divulgadas pelos órgãos competentes: DGS, OMS, SNS e INEM.
Coronavírus: o que são
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com a Direção Geral de Saúde (DGS) os coronavírus constituem uma família de vírus capazes de desencadear infeções nos humanos, especialmente respiratórias. Os sintomas podem ser semelhantes aos de uma gripe, podendo evoluir para casos graves, como de pneumonias.
O novo coronavírus
O novo coronavírus, detetado pela primeira vez na China, na cidade de Wuhan, em dezembro de 2019, é um agente nunca antes identificado em humanos. A fonte desta infeção ainda não é conhecida com certezas, bem como ainda decorrem investigações sobre a sua forma de transmissão. Sabe-se, no entanto, que a transmissão de pessoa para pessoa é uma realidade e isto está a fazer parar o mundo.
A OMS declarou uma pandemia e somam-se 169 países com casos da infeção, em todos os continentes, com exceção da Antártida. A 20 de março, a Organização relatava oficialmente mais de 200 mil infetados e o número de mortos aproximava-se dos 9 mil.
Atualmente, o epicentro da doença é a Europa, sendo a Itália o país mais afetado. Portugal tem o pico da doença previsto para finais de abril de 2020, a meados de maio.
Em todo o globo, os números são dramáticos e refletem o poder do novo coronavírus e do seu impacto direto nas sociedades e nos mercados financeiros.
Fontes (consultadas a 20 de março de 2020): BBC, DGS, OMS.
É importante ter em conta que esta informação é apenas de caráter geral. Não constitui conselho pessoal ou recomendação para nenhuma pessoa ou empresa sobre nenhum produto ou serviço. Consulte a documentação da apólice para conhecer as condições da cobertura.